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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Gordini e suas curiosidades!



É um fato que o pequeno Renault Dauphine/Ondine/ Gordini/1093... não chegou nem de longe a ter o sucesso do Fusca, mas que o simpático carrinho era ousado e dotado de um certo carisma, é a mais pura verdade!
Propaganda francesa dos primeiros Dauphine

O Renault Ondine era uma versão exclusiva do mercado europeu, também o Renault 1093 na versão francesa era denominado Dauphine 1093, como podemos ver na propaganda abaixo.


Os carros da Renault, principalmente na configuração Dauphine e GORDINI ( de Amadée Gordini, que era um preparador de peso no automobilismo esportivo) andaram por meio mundo, foram fabricados em outros países além da França, bateram recordes internacionais de resistência e participaram de competições automobilísticas com um relativo sucesso! 

No Brasil ele foi fabricado pela Willys Overland do Brasil e teve quatro versões: O Dauphine que era o mais fraco, o Gordini foi o mais vendido, o Renault 1093 que era uma versão esportiva mais potente e o Teimoso que foi uma versão espartana e barata, visando principalmente o uso como taxi.
As fotografias abaixo são do 1093 fabricado pela Willys. 

Propaganda dos primeiros Dauphine.
Propagandas do teste de resistência realizado no Autódromo de Interlagos, que quebrou vários recordes brasileiros e internacionais.

As propagandas do Gordini no Brasil visavam passar uma imagem de resistência, focando principalmente na participação do veículo nas competições esportivas, devido ao desgaste da imagem perante o consumidor, por causa dos constantes problemas enfrentados pelos primeiros Dauphines que foram fabricados por aqui.

Renault 1093 da Equipe Willys de Competições, correndo em Interlagos, pilotado por Môco, José Carlos Pace.


Dois dos Gordines da Equipe Willys oficial, correndo no Autódromo de Interlagos nos anos 60.

  Na Argentina a versão equivalente ao 1093, tinha um interior mais esportivo e painel mais completo.



 En julio de 1960 nació el primer Renault Dauphine nacional de la planta de Industrias Kaiser Argentina. Estaba equipado con un motor Ventoux de 4 cilindros, caja de tres marchas y tenía un consumo de 6,7 litros cada 100 kilómetros. La potencia alcanzaba a los 31 HP, desarrollando una velocidad de 117 km/h. Era una excelente opción para el usuario del auto chico, con cuatro puertas y un amplio baúl delantero.-
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Origem 

O Dauphine foi projetado pelo engenheiro Fernand Picard para dar ao consumidor uma alternativa ao já envelhecido Renault 4CV e para concorrer com o Fusca. Como o carro alemão da Volkswagen, tinha motor traseiro, porém refrigerado a água, que assim como várias partes do conjunto mecânico foram herdadas do 4CV. Com quatro portas e carroceria de três volumes, com porta-malas sob o capô dianteiro, o Dauphine surgia como uma alternativa mais confortável que o Fusca.
O pequeno veículo chegou a ser vendido nos Estados Unidos com um sucesso considerado surpreendente pela própria Renault, que em 1957 foram vendidas 28.000 unidades e setembro de 1959 o Dauphine foi até mais vendido que o Fusca. Ainda assim, a Renault enfrentava sérias dificuldades de estabelecer uma rede sólida de revendedores e de assistência técnica pelo vasto território americano. A indústria local também reagiu e passou a importar diretamente das subsidiárias européias veículos pequenos, e uma guerra de preços deu origem a uma certa crise econômica no setor e as vendas da Renault nos EUA foram atingidas em cheio.
O Dauphine foi sucedido pelo Renault 12, lançado em 1969.

A versão da Willys

O Dauphine foi o primeiro automóvel de passeio da Willys-Overland do Brasil, que já fabricava o utilitário Rural Willys e o Jeep Willys. Foi lançado com motor de quatro cilindros, 845 centrímetros cúbicos de cilindrada e potência de 26,5cv, que tinha o nome de Ventoux. Leve, fácil de dirigir, barato e econômico,o consumo ficava entre 14,5 e 17 quilômetros por litro. O Dauphine se popularizou rapidamente. Um de seus maiores destaques era a suspensão independente Aerostable, com bolsas de borracha cheias de ar que endureciam de acordo com a carga do veículo.
Porém, essa suspensão, projetada para as estradas européias, causou uma série de problemas nas precárias estradas brasileiras da época, e a fragilidade logo rendeu ao Dauphine uma má fama junto ao público brasileiro(foi que surgiu o apelido "Leite Glória", baseado na publicidade da época do leite em pó instantâneo que tinha como slogan a frase "Desmancha sem bater". Além disso, como o carro capotava com certa facilidade, o bom humor brasileiro novamente não perdoou: Apelidou a suspensão de "Aerocapotable".
O Willys Dauphine sofreu uma série de evoluções de motorização e detalhes de conforto e acabamento durante sua existência. Uma versão lendária, denominada Teimoso, é considerada como um dos primeiros carros populares do Brasil, com acabamento bastante simplificado e rudimentar para permitir um preço mais acessível. Em 1962 as alterações causaram o rebatismo do carrinho para outro nome com o qual ficou famoso: Gordini, na verdade, nome do preparador de motores e carros de corrida Amedée Gordini, que trabalhava com a área de competições da Renault. O câmbio passou a ter quatro marchas para a frente, e o motor sofreu ajustes que elevaram sua potência para 40cv. Novos ajustes vieram em 1964 para a versão 1093, que atingia a potência de 55cv graças a novos coletores de admissão, dois carburadores e taxa de compressão maior.
Em 1966 surgiram novos frisos, nova posição da tampa do radiador, e reforços na suspensão que tornaram o Gordini mais resistente. Os últimos modelos foram o Gordini III e o Gordini IV (1968, apenas com novas cores), com lanternas traseiras diferentes e, opcionalmente, freios a disco nas rodas dianteiras. Novas relações de marcha aumentaram a velocidade máxima para 123 km/h e o consumo passou para 13 km/l.
Parte da mecânica do Dauphine foi usada como base para o Projeto M, concebido em parceria entre a Willys brasileira e a Renault. Porém, antes que o novo veículo fosse lançado, a fábrica foi comprada pela Ford em 1967, que deu continuidade ao projeto e o lançou como o futuramente famoso Corcel. Pela parte francesa, o projeto conjunto deu origem ao Renault 12.

Wikipédia, a enciclopédia livre
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O Dauphine e também o Ondine foram fabricados na Itália pela Alfa Romeo, com os nomes Dauphine Alfa Romeo e Ondine Alfa Romeo.
Tinha algumas modificações, tais como o acabamento interno diferenciado, lanternas e escudos, além da colocação do nome, entre outros itens.



 O Dauphine Alfa Romeo e seu escudo dianteiro diferenciado, com o nome "Alfa Romeo" no lugar de "Renault".
ONDINE Alfa Romeo
 Propagandas do Dauphine Alfa Romeo

 O Dauphine também foi comercializado nos Estados Unidos, na foto abaixo dos anos 60, vemos um Dauphine rodando tranquilamente no transito de uma cidade norte americana:

 Comerciais do Renault Dauphine para o mercado norte americano.


 Dauphine DE LUXE







OS ESCUDOS DIANTEIROS DIFERENTES:
Escudo francês - Renault

Escudo brasileiro -Renault - Willys
Escudo espanhol -Renault - FASA
Escudo italiano - Alfa Romeo

As versões ALPINE:
O Gordini também teve versões personalizadas pela Alpine do lendário Jean Rédélée, tanto para carros de rua como para veículos destinados às competições, conforme podemos ver pelas fotografias abaixo. 

PARA RUA:

 Rodas do Alpine A 110
 Interior com um toque esportivo.
 Motor original com preparação, porém visando o uso em ruas e estradas.

Para PROVAS E RALLYES:

 Versão para Rallye com os faróis de milha embutidos no capo. Na fotografia está ao lado de duas unidades do Renault R8.
 
 Motorização R8 e R12 GORDINI.
 
 Gordinis em atividade, participando de provas de Rallye.





Veja a matéria sobre o teste do Gordini em Interlagos, clicando no link abaixo:

https://oldraces.blogspot.com.br/2013/12/teste-do-gordini-em-interlagos-1964.html


Material utilizado: Propagandas Renault, FASA, Alfa Romeo, Willys Overland do Brasil, texto de Wikipédia. Fotografias: cartelmotor.com, www.fa-automobile.com, fotografias compartilhadas de pesquisas na Internet sem indicação de direitos autorais.

oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com



9 comentários:

  1. Meu amigo Bruce, o "Bruxa", teve alguns Gordinis, que eram rebaixados e usavam rodas especiais. Esses carrinhos fazem muita curva!

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  2. parabéns pela matéria muitas curiosidades a respeito desse carro carismático.

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    1. Obrigado pelo comentário e por interagir com o Old Races, realmente o Gordini e cia. são carrinhos que têm muita história e muito carisma!

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  3. Excelente material sobre esta lenda automobilística brasileira. Parabéns à todos.

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  4. Quanta novidades que não sabia parabens

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